Edição 1: A Folha do Jardim

Quem foi Eurípedes Barsanulfo

Há 95 anos, no dia 1º de novembro de 1918, o Brasil via desencarnar um de seus maiores pedagogos e um dos principais expoentes do espiritismo no país, Eurípedes Barsanulfo. O professor e médium nasceu em 1º de maio de 1880, em uma numerosa família de Sacramento (MG), filho de Hermógenes Ernesto de Araújo, também conhecido como Mogico, e de Jerônima Pereira de Almeida, também chamada de Dona Meca. Ficou reconhecido pelo intenso trabalho de caridade.

Em 1907, Eurípedes Barsanulfo fundou o Colégio Allan Kardec, revolucionário para a época, pois adotava classes mistas, onde alunos de ambos os sexos estudavam juntos, além de promover festivais artísticos e adotar aulas de astronomia, ciências naturais, matemática e literatura que ficaram na lembrança dos alunos e do público da época. Foi o primeiro no país a aplicar os fundamentos da Pedagogia Espírita, com três aspectos inseparáveis: científico, filosófico e religioso. Barsanulfo dizia que o sistema de ensino adotado pregava a verdade, que triunfava sobre o preconceito,
orgulho e do fanatismo religioso. O colégio atendia a todos, sempre de portas abertas aos mais necessitados.

Eurípedes Barsanulfo era autodidata, não possuía curso superior, mas lia avidamente sobre diversos assuntos. Zêus Wantuil, no livro
“Grandes Espíritas do Brasil”, afirma: “Graças à sua inteligência privilegiada e ao seu próprio esforço, chegou a possuir tal cultura, que os seus biógrafos a consideram verdadei-ramente assombrosa. Tinha profundos e lar-gos conhecimentos de Medicina e Direito. Dissertava sobre astronomia, filosofia, matemática, ciências físicas e naturais, literatura, com a mais extraordinária segurança…”

O Colégio Allan Kardec ainda existe em Sacramento. A instituição promoveu, na época de Eurípedes, uma metodologia até hoje considerada moderna e eficiente.

https://www.marcospapa.com.br/euripedes-barsanulfo-pedagogo-revolucionario

Veja Só Que Interessante…

(excerto do livro “Cure-se e Cure pelos Passes, de Jacob Melo – Ed. Martin Claret (pag. 60 – 63).

“E o que ocorre com algumas plantas? Como expli-car a força que têm algumas pessoas de, pelo sim-ples olhar, dizimar plantas antes exuberantes e cheias de vida?”

Incompatibilidade de fluidos. São pessoas que possuem o dom de facilmente exteriorizar e direcionar seus campos fluídicos, atingindo de forma impactante os campos para onde dirigem suas atenções. O fluido magnético humano, direcionado em seus padrões naturais, vibra numa frequência incompatível com os fluidos magnéticos e vitais dos vegetais (o mesmo podendo acontecer em relação a animais e seres com campos vitais diminutos ou de frequência e vitalidade ineficiente). Essa incompatibilidade gera uma total desestruturação no circuito vital das plantas, levando-as à morte se não forem socorridas a tempo.

Apesar de praticamente inexistir estudos científicos sobre o assunto, podemos afirmar que apenas o amor tem força suficiente para “adaptar” esses fluidos, tornando-os compatíveis e dotando-os de capacidade vitalista e curativa. Basta observarmos como as pessoas que cuidam de plantas e jardins, especialmente daqueles onde a vida e a beleza exuberam, são criaturas que amam as plantas, com elas conversam, sentem as alegrias e as dores das plantas e que, em última análise, são tidas como suas verdadeiras amigas e confidentes. Essa “ligação amorosa” adapta os fluidos de uma tal maneira que dissipa, por assim dizer, os componentes que seriam antagônicos ao reino vegetal.

Será por isso que algumas pessoas conseguem “salvar” suas plantas enquanto outras, mesmo cheias de boa intenção, ajudam a eliminá-las?

Certamente. Na permuta fluídica entre os rei-nos só a boa intenção não é garantia de su-cesso. As sutis vibrações patrocinadas pelo amor são as únicas e mais eficientes armas que contamos para suplantar os “adversários” des-conhecidos que ainda permanecem arquivados nos segredos do mundo dos fluidos. Aquelas criaturas que “salvam” plantas são as que já aprenderam a devotar amor por elas e não apenas a exteriorizar fluidos anímicos.

Seria a mesma regra para os animais?

Em termos. Magnetizadores clássicos tanto obtiveram resultados felizes quanto óbitos de animais que foram magnetizados. O próprio Allan Kardec teve experiências negativas nessa área. Mais uma vez é preciso se levar em conta que os campos vitais dos animais não têm identidade com os humanos e, portanto, os fluidos destes últimos podem gerar conflitos graves e sérios naqueles. Contudo, quando fica registrado que a transferência magnética teve suporte no amor, e não apenas limitado à exteriorização fluídica, o sucesso é quase sempre garantido. Bem se vê que este terreno ainda tem muito a ser pesquisado e estudado.

Voltando às plantas, seria então possível ou não magnetizá-las?

Mesmer (Franz Anton, 1734-1815), o pai do moderno Magnetismo, usou, ensinou e difundiu a possibilidade de se magnetizar árvores. Ele magnetizava-as e, em seguida, amarrava tiras de tecidos de algodão em seus galhos, terminando por recomendar que pessoas necessitadas de tratamentos magnéticos simplesmente pegassem nessas tiras durante determinado tempo, e naturalmente absorveriam os fluidos ali concentrados, seguindo-se a cura (ou as árvores “absorveriam” as “energias negativas” de que fossem portadoras). E tal se dava de fato. Outros (poucos) magnetizadores conseguiram repetir a experiência de forma positiva, entretanto outros ou não lograram êxito (o magnetismo não fluía pelas tiras) ou praticamente fulminavam as árvores onde haviam tentado a magnetização. Até hoje não foi descoberto que mecanismos sutis são esses que uns detêm e outros não conseguem realizar com sucesso.”

(excerto do livro “Nosso Lar, de Francisco Cândido Xavier/ André Luiz – Ed. FEB (pag. 246 – 247).

“Lembrei quanto me seria útil a colaboração de Narcisa e experimentei.

Concentrei-me em fervorosa oração ao Pai e, nas vibrações da prece, dirigi-me a Narcisa encarecendo socorro.
Contava-lhe, em pensamento, minha experiência dolorosa, comunicava-lhe meus propósitos de auxílio e insistia para que me não desamparasse.
Aconteceu, então, o que não poderia esperar.
Passados vinte minutos, mais ou menos, quando ainda não havia retirado a mente da rogativa, alguém me tocou de leve no ombro.
Era Narcisa que atendia, sorrindo:
– Ouvi seu apelo, meu amigo, e vim ao seu encontro.
Não cabia em mim de contentamento.
A mensageira do bem fixou o quadro, compreendeu a gravidade do momento e acrescentou:
– Não temos tempo a perder.
Antes de tudo, aplicou passes de reconforto ao doente, isolando-o das formas escuras, que se afastaram como por encanto.
Em seguida, convidou-me com decisão:
– Vamos à Natureza.
Acompanhei-a sem hesitação e ela, notando-me a estranheza, acentuou:
– Não só o homem pode receber fluidos e emiti-los. As forças naturais fazem o mesmo, nos reinos diversos em que se subdividem.
Para o caso do nosso enfermo, precisamos das árvores. Elas nos auxiliarão eficazmente.
Admirado da lição nova, segui-a, silencioso. Chegados a local onde se alinhavam enormes frondes, Narcisa chamou alguém, com expressões que eu não podia compreender. Daí a momentos, oito entidades espirituais atendiam-lhe ao apelo. Imensamente surpreendido, vi-a indagar da existência de mangueiras e eucaliptos.
Devidamente informada pelos amigos, que me eram totalmente estranhos, a enfermeira explicou:
– São servidores comuns do reino vegetal, os irmãos que nos atenderam.
E, à vista da minha surpresa, rematou:
– Como vê, nada existe de inútil na Casa de Nosso Pai. Em toda parte, se há quem necessite aprender, há quem ensine; e onde aparece a dificuldade, surge a Providência. O único desventurado, na obra divina, é o espírito imprevidente, que se condenou às trevas da maldade.
Narcisa manipulou, em poucos instantes, certa substância com as emanações do eucalipto e da mangueira e, durante toda a noite, aplicamos o remédio ao enfermo, através da respiração comum e da absorção pelos poros.
O enfermo experimentou melhoras sensíveis. Pela manhã, cedo, o médico observou, extre-mamente surpreendido:
– Verificou-se esta noite extraordinária reação! Verdadeiro milagre da Natureza!
Zélia estava radiante. Encheu-se a casa de ale-gria nova. Por minha vez, experimentava grande júbilo n’alma. Profundo alento e belas esperanças revigoravam-me o ser. Reconhecia, eu mesmo, que vigorosos laços de inferioridade se haviam rompido dentro de mim, para sempre.”

“A alma dorme na pedra; sonha no vegetal; movimenta-se no animal, e acorda no homem.”

León Denis, em um de seus livros de maior sucesso, O destino do ser e da dor.